5. Anotações ao Astronomici Introductori de Spaera Epitome

Não temos elementos que nos habilitem a uma resposta, apesar das investigações que fizemos em bibliotecas portuguesas.    

Dada a raridade deste opúsculo, a ponto de poder considerar-se único o exemplar existente na Biblioteca da Ajuda, reproduzimo-lo em fac-símile, acompanhando-o, porém, de uma nova leitura, que nalguns passos difere da de Rodolfo Guimarães, na qual as abreviaturas são desdobradas para comodidade do leitor e interpretação do texto, por vezes duvidoso.          

A revisão final do texto latino foi feita pelo nosso consócio Sr. F. Rebelo Gonçalves, havendo colaborado também na respetiva interpretação o académico Sr. Manuel António Pires Júnior.

P. 257, 11. 27-28: Na cota marginal à tradução da Sphera de Sacrobosco (vol. I, p. 29), Pedro Nunes referira-se apenas às navegações dos portugueses. Neste passo, porém, além destas, alude à habitabilidade da zona ártica, onde “nonnulm habitationes a germanis sunt”.

Julgamos que Pedro Nunes se refere à Groenlândia, cumprindo a propósito transcrever o seguinte passo do Tratado da Sphaera, de D. João de Castro:

“D. — Ahy alguns pouos, ou alg?a gente que more debaixo do polo Arctico?   

“M. — Os da Ilha da Grudlandria moram bem debaixo do polo Arctico, ainda que esta Ilha por ser de nouo descuberta, E pouco conecida, sabe se pouco delia, E de suas habitações, mas baste por agora que se sabe della que tem gente, E habitada.” (Edição Fontoura da Costa, Agência Geral das Colónias, Lisboa, 1940, p. 79).


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