P. 47, 1. 9: Instrumentum quoddam construere] Trata-se da maneira prática de avaliar frações de grau no astrolábio, a qual está na origem do instrumento que uns designam de nonius e outros de verrtier, consoante o nome a quem atribuem as honras da invenção: Pedro Nunes ou Pierre Vernier (1631).
G. Boffito reproduziu em fac-símile as duas páginas iniciais da primeira edição desta proposição, nas quais se descreve o nónio, no Gli strumenti delia scienza e la scienza degli strumenti, Florença, 1929, tav. 35.
P. 47, 1. 13: dioptram] Na tradução, em vez de alidade ou mede-cima, hoje vulgares, Pedro Nunes empregava medeclinio. Ver vol. I, p. 200, 1. 8.
P. 47, 1. 31: No texto: “in gentis”.
P. 48, 1. 29: No texto: “ex,amussim”.
P. 48, 1. 37: No texto: “inter secet”.
P. 48, 11. 39-40: commune documentum numerorum proportiona. hum] A expressão correspondente que Pedro Nunes emprega em português é: regra dos números proporcionais (ver vol. I, p. 198, 1. 33), a qual se tira, como declara (vol. II, p. 46,1. 26), das Prop. 16, VI e 19, VII, de Euclides.
Em França, Orôncio Fineu designava-a de aurea regula" e aurea regra se usou também entre nós " até que se generalizou a forma hoje vigente: regra de três, aliás de remotíssima tradição, como se vê na Summa de Arithmetica. geometria. Proportioni: et proporcional ita Veneza, 1494 e 1523, de Fr. Luca Pacioli, de Borgo San Sepolero.
P. 50, 1. 7: minuta tertia] Como já apontou o almirante F. Oom, na reprodução desta proposição acima citada, Pedro Nunes cometeu aqui um lapso, devendo ter escrito secunda. Corrigido na tradução.
P. 50, 1. 9: minuta quarta] F. Oom notou (eo. loc.) que houve lapso, emendando para tertia. Corrigido na tradução.
P. 54, 1. 24: materno sermone] Refere-se à Theorica da altura a toda a hora com os documentos que della se tirão, integrada no Tratado em defensam da carta de marear: com o regiméto da altura (ver vol. I, p. 219 e segs.).
P. 53, 1. 35: alibi (...) potui] Realmente, bastantes demonstrações de Pedro Nunes, em diversos livros, são acompanhadas de desenhos, como aliás exigia o método de projeção ortográfica, que, porventura a exemplo de Albaténio e de Regiomontano, adotara. Ao que parece, como veremos adiante, Pedro Nunes não deu ao prelo mais livros por não ter podido recorrer aos préstimos de um bom desenhista e gravador.
P. 54, 1. 15: undecimi] Pedro Nunes citou apenas o livro de Euclides, omitindo o número da Proposição, que é a 16.
P. 63, 1. 5: No texto: “haud quaquam”.
P. 64, 1. 3: Na 1.a edição, em vez de “coorienti”, lê-se “contermino”. P. 64, 1. 12: Na La edição, em vez de “coorienti”, lê-se confini.
P. 49, 1. 8: No texto: “quoquo”.
P. 50, 1. 25: No texto: “sit ne”.
P. 52, 1. 21: No texto: “Verumenimuero”.
P. 52, 11. 30-31: No texto: “declinaiionis”.
P. 66, 1. 16: sinus totus habet 100.000] Esta equivalência descobre a tábua de senos que Pedro Nunes utilizou, a qual julgamos ter sido a de Pedro Apiano, inserta a fols. 6 v - 10 v da Introductio Geographica (Ingolstad, 1533, ver. vol. I, p. 300), e à qual mais tarde expressamente se referiu na Annotatio prima das In Theoricas Planetarum Georgii Purbachii Annotationes aliquot: Vtor autem tabula sinnum rectorum Petri Appiani.
Pedro Nunes conheceu também a Tabella sinus recti de Regiomontano (sin 90° = 60.000), inserta com o apêndice nas Tabule directionü profectionüqã famosissimi viri Magistri Ioannis Germani de Regiomonte in natiuitatibus multum vtiles, edição de Augsburgo, 1490, pois possuíu, como tudo leva a crer, um exemplar desta edição, o qual se guarda atualmente na Biblioteca Nac. de Lisboa (Inc. 34, antigo 35).
A frase: “(...) sino todo conuem a saber.100000. partes ou mais ou menos segundo a tauoa de sinos de que vsamos (...)”, que se lê na Annotação sobre as derradeiras palauras do Capitulo dos Climas (vol. I, p. 63, Il. 8 e 9) mostra claramente que conhecia, por 1537, mais do que uma tábua e que já utilizava a de Apiano.
Como estudioso do Almajesto, conheceu e manuseou a tábua de arcos e cordas de Ptolomeu, à qual se referiu na segunda das Annotações ao Primeyro Liuro de Ptolomeo (vol. I, p. 156, 1. 26); acompanhando, porém, os progressos da trigonometria mediante os escritos de Gebre e de Regiomontano, notadamente no De triangulis omnimodis (1533) deste último, que aliás desenvolveu, podemos supor que só na mocidade, antes de 1534, a teria empregado, abandonando-a depois definitivamente pela de senos.
P. 68, 1. 21: No texto: “hunic”.
P. 68, 1. 36: uulgata ephemeride] Por esta época, Pedro Nunes podia recorrer a várias tábuas astronómicas, pelo que não se determina com segurança a que teve em vista.
P. 68, 1. 38: Alfonsinus Abacus] Refere-se às Tabule tabularum celestium motuum divi Alfonsi Regis Romanorum et Castelle Illustrissimi, que antes de 1541 tiveram duas edições em Veneza: 1492, por J. Lucílio Santritter, e 1518.
P. 68, 1. 39: Albategnii opinionem] Refere-se ao capítulo LI (“In scientia motuum stellarum fixarum secundum quod ueraciter instrumentis inuentum, et in positione uerorum locorum earum in tabulis in longitudine ac latitudine), pp. 79-80 do livro Albategnius Astronomus peritissimus de motu stellarum, ex obseruationibus tum propriis, tum Ptolomxi, omnia cum demonstratiõibus Geometricis et Additioni bus Ioannis de Regiomonte, publicado, juntamente com outros escritos, em Nuremberga, M. D. XXXVII, e cujo frontispício adiante reproduzimos em fac-símile. Cumpre notar que o título De motu stellarum é substituído nas cabeças das respetivas páginas pelo de De scientia stellarum. Em manuscrito desta versão de Platão Tiburtino aparece ainda o título De numeris stellarum.
P. 70, 1. 4: astrologiw] Como já dissemos em nota anterior, damos a este termo o significado científico, traduzindo-o consequentemente, e para evitar equívoco, por astronomia.
P. 70, 1. 13: No texto: “nota”.
P. 73, 1. 10: No texto: “quoniam”.
P. 73, 1. 39: Nos textos da 1.ª e da 2.a edição: “mensurandum”.
P. 74, 1. 30: No texto: “lodgitudinem”.
P. 83, 1. 18: No texto: “tote nocta”.
P. 84, 1. 9: No texto: “enin”.
P. 85, 1. 9: (...) ex Campani] A Prop. 27, III, de Euclides, segundo Campana de Novara tem o seguinte enunciado e demonstração:
“Si in circulis zequalibus wquae linew arcus resecent: arcus quoque wquas esse, si autem 1ine inwquales fuerint: arcus quoque inwquales, et a maiore linea maiorem arcum, a minore uero minorem abscindi necessarium est.
Camp. Sint duo circuli wquales: abc cuius centrum d, et efg cuius centrum h sitque chorda ac: 32qua1is chordw eg. Dica duos arcus abc et efg quos prmdictae chord, ex prwdictis circulis resecant: esse aequales. Quod si chorda eg ponatur maior chorda ac: dico arcum efg esse maiorem arcu abc.
Primum quidem sic probatur. Ducantur a centris lineae ad extremitates chordarum: quae sint da,dc, he, hg, et quia circuli positi sunt fore wquales: erunt h semidiametri wquales, et quia linea ac posita est wqualis linew eg: erit per 8 primi, angulus d wqualis angulo h totali, quare per 25 huius erit arcui abc: xqualis arcui efg. sicque patet primum.
Secundum sic. Sit eg maior ac eritque per 25 primi, angulus h: maior angulo d. Fiat ergo angulus fhg wqualis angulo d. eritque per 25 huius arcus fg: wqualis arcui abc. Quare arcus efg: est maior arcu abc. Quod est secundum propositum”.
Segundo a edição já citada, hic. P. 85, 1. 13: No texto: quam.
P. 86, 1. 34: No texto: “quá”.
P. 88, 1. 12: Sic no texto; a boa leitura deve ser “At si stella”.
P. 89, 1. 4: No texto: “sit ne”. P. 89, 1. 26: No texto: “ea que”. P. 89, 1. 30: No texto: “sit ne”. P. 89, 1. 41: No texto: “dum modo”.