Primeira Parte - que compreende os anos que discorrem desde o de 1288 até princípios do de 1537

«1599 — Commentarium in Manuelis Alvari Grammaticam Latinam. Evora, por Manuel de Lyra.

«De anno incerto e sem designação de typographia ha ainda um compendio intitulado Elementa Grammaticae, de João Fernandes, sevillhano, um dos professores chamados por D. João III para reger cadeira na Universidade de Coimbra. Cita-o Manuel Monteiro na prefação do seu Methodo de Grammatica Latina.

«Por esta enumeração, que decerto não é completa, se vê quanto estava generalizado entre nós o estudo disciplinar da lingua latina e com quanto rigor e estima se professava. Alguns compêndios, como o de Pastrana, eram de origem hespanhola, modificados e acrescentados por portuguezes. Outros eram devidos a professores hespanhoes, que residiram em Portugal, como os de Ruy Lopes de Sigura e Cadabal Gravio Calidonio. Em compensação bastantes portuguezes alcançaram nome em Hespanha no ensino da lingua de Virgilio. Citaremos em primeiro lugar o distinto humanista Ayres Barbosa, de quem André de Rezende se confessa discipulo 1, Francisco

Martins, que compoz diversos tratados da sua especialidade, Diogo Barbosa, Latinitatis Primarius Salmanticae, e Gaspar Alvares da Veiga, que publicou em 1609 o seu compêndio Dios con tu ayuda, etc. Todos elles leccionaram em Salamanca.

«Não era só nas aulas, nas palestras escolares, nos escriptos sicentificos e litterarios que o latim florescia exuberante. No theatro, sobretudo quando este era um exercicio de estudantes, o seu emprego tornou-se indispensavel.»

[ XXXIV ]                                                                                                                                        (§ 1185)

Acerca de João Vaseu, além do citado livro do Prof. Dr. M. Gonçalves Cerejeira sobre Clenardo, vejam-se especialmente, Amalio Huarte y Echenique, Apuntes para la biografia dei maestro Juan Vaseo, em Revista de Archi vos, Bibliotecas y Museos, Madrid, 1920, e Alphonse Roersch, L'humanisme belge à l'époque de la Renaissance, Études et Portraits, deuxième série, Louvain, 1933, pp. 79

[ XXXV ]                                                                                                                                                       (§ 1192)

Sobre Rui Fernandes veja-se Goris, Étude sur les colonies marchandes mériodionales (Portugais, Espagnols, Italiens) à Anvers de 1488 à 1567, Louvain, 1925; M. Bataillon, Erasme et la cour de Portugal, Coimbra, 1927; A. Braamcamp Freire, Maria Brandoa, a do Crisfal, em Archivo Historico Portuguez, vols. VI e VII.

[ XXXVI ]                                                                                                                                           (§ 1198)

O doutor Pedro Nunes referido neste parágrafo não deve ser confundido com o célebre cosmógrafo e matemático seu homónimo e contemporâneo. Sobre a discriminação destes homónimos veja-se especialmente Luciano Pereira da Silva, Os dois doutores Pedro Nunes, em Revista da Universidade de Coimbra, vol. II, 1913.      

[ XXXVII ]                                                                                                                                         (§ 1209)

Sobre o tratadinho numismático de Jerónimo Cardoso referido neste parágrafo veja-se o eruditíssimo estudo do Prof. Dr. J. Leite de Vasconcellos, Da numismática em Portugal, pub. no Arquivo da Universidade de Lisboa, vol. IX, Lisboa, 1923, pp. 27-30.  

[ XXXVIII ]                                                                                                                                          (§ 1216)

Gabriel Pereira publicou em 1881, no Boletim de Bibliographia Portugueza, vol. II, dois inventários da livraria da Universidade de Lisboa, reportando um a 1513 e outro a 1536. A sua opinião foi adotada pelo Dr. Teófilo Braga (História da Universidade de Coimbra, cit., vol. I, cap. IV); porém o Dr. J. M. Teixeira de Carvalho, que a este assunto dedicou cuidadosas e argutas investigações, infelizmente não concluídas, retificou os juízos e dilatou as informações de Gabriel Pereira. Para essa monografia — Pedro de Mariz e a livraria da Universidade de Coimbra, no cit. vol. I do Boletim bibliográfico da Biblioteca da Universidade de Coimbra, remetemos o leitor; no entanto, pela sua importância, transcrevemos a conclusão das suas investigações […]:              

«Resumindo: nenhum dos inventários publicados pode ser o que a Universidade mandou fazer em 1513 por ocasião da entrega ao bedel dos livros das Escolas Velhas e dos que deixara o licenciado Diogo Lopes.      

«O primeiro que transcrevemos deve datar de 1532, foi feito por Luís Cardoso, João Landeiro e Nicolau Lopes e só incompletamente transcrito nos livros dos conselhos.


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