Primeira Parte - que compreende os anos que discorrem desde o de 1288 até princípios do de 1537

O Sr. Comandante A. Fontoura da Costa, antigo prof. da Escola Naval, consagrou a esta Oratio e seu autor algumas eruditíssimas páginas do seu sábio livro Às portas da Índia em 1484, Lisboa, 1936. (É separata dos Anais do Club Militar Naval.) Os factos diligentemente apurados pelo Sr. Comandante A. Fontoura da Costa dilatam os parágrafos que Leitão Ferreira dedicou a Vasco Fernandes de Lucena.

[ XVII ]                                                                                                                                                (§ 899)

É Tirrhus, e não Pyrrho, o primeiro dos dois interlocutores da 3ª Écloga de Henrique Caiado. Veja-se a ed. The Eclogues of Henrique Cayado, edited with introduction and notes, by Wilfred P. Mustard, prof. of Latin in the Johns Hopkins University, Baltimore, 1931.

[ XVIII ]                                                                                                                                                (§ 904)

Na epístola de Cataldo Vallasco ferdinando jurisconsulto. S. não há referência alguma às razões por que Vasco Fernandes de Lucena se nomeava Conde Palatino.

Pela cópia de informes pouco conhecidos acerca de Cataldo transcrevemos da tese do Prof. Dr. Manuel Gonçalves Cerejeira, O Renascimento em Portugal. Clenardo, vol. II, Coimbra, 1918, pp. 59-72, a erudita nota que segue:

«Admira como ainda ninguém tentou o estudo da biografia e influência de Cataldo, baseando-se na sua obra, — e muito especialmente nas suas epístolas latinas, onde há matéria de sobra para tentar quem quer.

«Leitão Ferreira (em Memorias Chronologicas da Universidade), por as não lograr ver, do que se lamenta, desconheceu quase esta interessante figura histórica. E Sousa Viterbo, o probo investigador, que mais recentemente se referiu a Cataldo (em A Cultura intellectual de D. Affonso V) ou as não viu, ou as não pôde... ler. Quem as conheceu um pouco melhor foi o bispo Cenáculo.

«A sua raridade e hoje o... latim! devem ter contribuído para esse injusto esquecimento. Na Biblioteca da Universidade de Coimbra há hoje um precioso exemplar impresso de 1500, que pertenceu a Ferdinand Denis, e que o Exmo. Sr. Dr. Mendes dos Remédios para ela adquiriu.»

[XIX]                                                                                                                                                    (§ 924)

Os Estatutos d’el-rei D. Manuel Para a Universidade de Lisboa foram impressos no Annuario da Universidade de Coimbra relativo ao ano de 1892-93, pp. 197-215. Serviu de texto para esta edição o diploma existente no Arquivo da Universidade, o qual tem a assinatura autógrafa de D. Manuel. Este diploma não está datado. O Dr. J. M. de Abreu foi de opinião que teria sido publicado entre 1500 a 1504, porque naquele ano foi eleito o bispo de Fez, o que provavelmente não teria lugar antes daqueles Estatutos, que mandavam eleger para o referido cargo um fidalgo, ou pessoa constituída em dignidade, sendo que até ali eram eleitos simples escolares. E na carta de nomeação do mestre Fr. João Claro, para lente de véspera de teologia, cuja cadeira fora estabelecida pelos ditos Estatutos, a qual é de 5 de Janeiro de 1504, se lê: "ordenamos por lente da cadeira de vespera, — que ora novamente ordenamos no estudo desta nossa cidade, etc." Brandão, Mon. Lusit., P. V, liv, 16.» (Mem. cit., em O Instituto, vol. II, p. 195.) E o Prof. Dr. António Garcia Ribeiro de Vasconcelos, cingindo mais precisamente a data, opina que «deve ser dos primeiros anos do século XVI, talvez do ano de 1503.» (Vid. Universidade de Lisboa-Coimbra. Súmula histórica, em Annuario da Universidade de Coimbra, de 1901-1902, p. 7.)       

Informa-nos em carta particular o Sr. Dr. António Baião, sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa e diretor do Arquivo da Torre do Tombo, que neste arquivo, no M.°I de Leis, sem data, nº 54, existe a minuta destes Estatutos, também sem data, como a respetiva cota logo manifesta.           

[ XX ]                                                                                                                                                     (§ 991)

Sobre Fr. João Claro veja-se o capítulo que Fr. Fortunato de São Boaventura lhe dedicou na Historia chronologica, e critica da Real Abbadia de Alcobaça, da Congregação cisterciense de Portugal, para servir de continuação à Alcobaça Illustrada do chronista mor Fr. Manoel dos Santos (Lisboa, 1827, pp. 87-90).               

Fr. Fortunato de S. Boaventura, no 1º vol. da Collecção de Ineditos Portuguezes dos séculos XIV e xv, que ou farão compostos originalmente, ou traduzidos de varias linguas, por Monges Cistercienses deste Reino. Ordenada e copiada fielmente dos Manuscritos do Mosteiro de Alcobaça (Coimbra, 1829), publicou de pp. 169 a 242 os Opusculos do Doutor Fr. João Claro Monge de Alcobaça. Desta publicação fez-se uma separata. Fr. Fortunato de São Boaventura fez preceder a publicação da seguinte Breve noticia do A. destes opusculos:  

«O Doutor Fr. João Claro, Lente de Prima de Theologia em a Universidade de Lisboa, sem razão foi excluido da Bibliotheca Lusitana, quando o Cisterciense Fr. Carlos Vich, de que se valeo frequentemente o erudito Abbade de Sever, faz menção deste Monge tão sabio, como virtuoso. É tido por natural de Lisboa, porém não sem graves fundamentos o julgo nascido               


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