Segunda Parte - que compreende os anos que discorrem desde meados do de 1537 até fim do de 1540 (I)

Sebastião Bernardes não aceitou de bom ânimo esta nomeação, e em 11 de Novembro de 1539, em carta ao Reitor da Universidade, D. João III comunicava que, visto Sebastião Bernardes «se agrauava de lhe ser tirada a cadeyra da Instituta de q ffoi prouido e de o passaré a ler a lição do 2.° curssu q o doctor Joam pacheco alargou», tornaria «a ler a Instituta como era ordenado», e o bacharel Rui Gonçalves leria «a liçaõ do 2.° curssu que ora o dito bastiaõ bernaldes avia de ler» (vid. M. Brandão, Documentos..., cit., vol. I, pp. 225-226).

Destes factos cremos poder deduzir-se, contrariamente à opinião de Leitão Ferreira, que Sebastião Bernardes não fora lente em 1538, pois a sua recondução refere-se precisamente ao ano letivo de 1539-1540, e não ao anterior.

[ LVIII ]                                                                                                                                             (§ 371)

As cortes de Évora referidas neste parágrafo tiveram lugar em 1535. A edição a que Leitão Ferreira alude encontra-se descrita a pp. 32-36 do vol. Biblioteca da Assembleia Nacional. Seus livros dos séculos XV e XVI, Lisboa, 1936.

[ LIX ]                                                                                                                                                 (§ 373)

SOBRE ISIDORO DE TORRES

Não encontramos em livro algum a justificação documental da afirmação deste parágrafo, o qual reproduz a informação de Carneiro de Figueiroa (vid. Alphabeto dos Lentes, p. 121).

Cumpre notar que Isidoro de Torres não figura no quadro docente dos lentes de Instituta, estabelecido pelo Regimento da Instituta de 17 de Setembro de 1539 (M. Brandão, Documentos..., cit, vol. I, pp. 137-188).

 [ LX]                                                                                                                                                   (§ 374)

SOBRE MARTIM DE AZPILCUETA

Desenvolvendo os informes de Leitão Ferreira neste parágrafo, escreveu o Prof. Dr. Manuel Gonçalves Cerejeira, em Humanismo em Portugal. Clenardo, Coimbra, 1926, pp. 128-129 nota, que Martinho de Azpilcueta «a 13 de Dezembro [de 1538] já... se encontrava em Coimbra, pois num assento desse dia encontro a sua assinatura» (Autos e Provas de Curso, I, 1537-1550).)

[LXI]                                                                                                                                                      (§ 378)

Dentre a bibliografia relativa a Martim de Azpilcueta, destacamos a monografia do Dr. D. Mariano Arigita y Lasa, El doctor Navarro Don Martín de Azpilcueta y sus obras. Estudio histórico-crítico, Pamplona, 1895; para este extenso trabalho remetemos o leitor desejoso de aprofundar a maior parte dos parágrafos que Leitão dedicou ao famoso canonista.  

[ LXII ]                                                                                                                                                  (§ 390)

SOBRE M. DE AZPILCUETA E FR. FRANCISCO DE VITÓRIA

Leitão Ferreira reproduz neste parágrafo o juízo que Azpilcueta Navarro fazia de si próprio, em relação com Fr. Francisco de Vitória. Este juízo é criticado por Fr. Luis G. Alonso Getino, OP, em El maestro F. Francisco de Vitória y el renacimiento filosófico-teológico dei siglo XVI, madrid, 1914, p. 139, nota, nos seguintes termos:

«Navarro se graduó en 1532. Como era ja doctísimo, más bien que como alumno rigoroso de Vitória, debe ser considerado como companero de ensenanza que se amoldó á su espiritu. Navarro, moralista consumado, nos habla de la manera de ensenar Moral de Vitória, superior — dice — á la de todos sus antecesores, lo qua indica que él comparaba sus lecciones y se inspiraba en ellas. Aunque Navarro no llevó ia cátedra de prima de Cánones hasta 1533, habia llegado a Salamanca un afio antes que Vitória y tuvo algunas suplencias de cánones, como la del Dr. Tapia, de que nos habla en su tratado De riditibus, q. 1ª, num. 52.

«Navarro tenía la pretención un tanto exagerada de haber hecho en Cánones lo que Vitória en Teologia. En la carta apologética ai Duque de Albuquerque dice: "Neque ullus negat attulisse me a Tholosa Galliae in Salmanticensem, veteris Castellae Academiam, omnium orbis christiani cum paucis principem, solidam et perutilem juris pontificii sapientiam, sicut et post me altero anno perdoctus juxta ac perpius ille Frater Francuiscus a Vitoria solidam utilissimaque Theologiam ex ejusdem Galliae Parisiis eodem invexit."


?>
Vamos corrigir esse problema