Segunda Parte - que compreende os anos que discorrem desde princípios do de 1548 até o de 1551 (III - tomo II)

Houve realmente equívoco, pois como notamos na anotação anterior, D. Filipe Pegado era ao tempo o cancelário da Universidade (Mário Brandão, ob. cit., I, doc. citado).

[ XVI]                                                                                                                                           (§§ 87 e 88)

Para desenvolvimento destes parágrafos vid. o amplo e fundado estudo que o Dr. Mário Brandão dedicou à «educação de D. António» e que constitui o vol. I do cit. Coimbra e D. António Rei de Portugal, Coimbra, 1939.

[ XVII ]                                                                                                                                                   (§ 89)

Vid. supra, § 83 e respetiva anotação. A oração de sapiência veio a público com o seguinte título:

PETRI FERD//nandi in doctrinarum / SCIENTIARVM QUE / omnium cõmendationê oratio apud / vniuersam Conimbricã Aca/demiam habita Calen. / Octobr. Anno / M. D. L.

.AD INVICTISSIMVM / Ioannem tertium Portugaliae / Regem. / CONIMBRICAE / Excudebant Ioannes Barrerius, & Ioannes Aluarus, / Typographi Regii. 4? — [20 fl.] — 26 1. — s. recl.

[f/. 1v.0] epigr. lat. de António Cabedo ao leitor. — [fl. 2-2v?11 ded. a D. João — [f 1. 3] começa a oração. — [fl. 20] [...] Dixi.

Existe um exemplar na Biblioteca Pública Municipal do Porto, o qual será reproduzido em edição autónoma ou em suplemento ao presente volume.

[ XVIII ]                                                                                                                                               (§ 90)

Para compreensão e desenvolvimento deste parágrafo vid. supra § 74 e respetiva anotação e as atas da oposição dos bacharéis em Teologia António Gonçalves Brochado e Tomás Luís. Por desistência deste e do licenciado Pedro Figueiredo, foi opositor único a esta vigararia da igreja de Santo André do Ervedal o bacharel António Gonçalves Brochado. A oposição, que teve lugar em 14 de Março de 1550, na sala grande dos paços da Universidade perante o Conselho da Universidade, sob a presidência do reitor, consistiu na leitura de uma lição sobre um ponto das Sentenças de Pedro Lombardo. Foi aprovado por unanimidade (Vid. M. Brandão, Atas cit., II, p. I, pp. 191, 200, 201, 203-205).

[ XIX ]                                                                                                                                         (§§ 203-205)

Para desenvolvimento destes parágrafos reproduzimos o seguinte estudo que o Dr. Augusto Mendes Simões de Castro publicou no Boletim Bibliográfico da Biblioteca da Universidade de Coimbra (vol. I, 1914), com o título Notas acerca da vinda e estada de el-rei D. João 3? em Coimbra no ano de 1550 e do modo como foi recebido pela Universidade.

[ X X ]

VINDA DE EL-REI D. JOÃO III A COIMBRA NO ANO DE 1550

Em o nº 1º do Boletim Bibliográfico da Biblioteca da Universidade de Coimbra, tratando do manuscrito nº 632 desta biblioteca, elaborado por Dom Marcos da Cruz, dissemos que neste Boletim se haviam de publicar alguns extratos de tão curioso inédito.

Começamos agora a desempenhar-nos dessa promessa, dando publicidade à notícia que nele se encontra, a fol. 27 da segunda parte, acerca da vinda e estada de el-rei D. João III em Coimbra no ano de 1550.

Nessa notícia há pormenores que ainda não vimos apresentados por outro qualquer escritor que de tal assunto se tenha ocupado; mas ela quase se limita à narrativa da estada e da hospedagem do monarca no mosteiro de Santa Cruz. Achamos por isto conveniente precedê-la de outros pormenores relativos ao que então se passou na Universidade, colhidos em grande parte por nós no seu rico Arquivo, e que são geralmente ignorados ou pouco conhecidos. E, para completar quanto possível a notícia desta visita do referido monarca a Coimbra e à sua Universidade no dito ano de 1550, alguns elementos aqui apresentaremos ainda, provenientes do precioso arquivo da Câmara Municipal desta cidade.

No dia 2 de Outubro de 1550, congregados os lentes, deputados, conselheiros e oficiais da Universidade em conselho-mor na sala grande, noticiou o reitor Fr. Diogo de Murça que el-rei D. João III resolvera visitar brevemente a Universidade e que se suspeitava viriam com ele a rainha D. Catarina e o príncipe D. João. Propôs se deliberasse acerca do modo como a Universidade havia de fazer seu recebimento a el-rei, e quais os atos académicos com que se devia solenizar esta honrosa visita.

Assentou-se em que os indivíduos que constituíam a corporação universitária fossem a cavalo esperar suas altezas ao sinceiral que ficava abaixo do lugar de S. Martinho do Bispo na margem esquerda do Mondego; que os doutores e mestres levassem suas insígnias; que ali se apeassem, e todos, por sua ordem e antiguidade, beijassem a mão a suas altezas e depois tornassem a cavalgar e os acompanhassem até sua pousada.

Mais se assentou em que o professor de poesia Inácio de Morais recitasse em nome da Universidade, na sala grande uma oração gratulatória a el-rei, e que fosse convidado a assistir às preleções dos lentes de prima; mas havendo alguma diferença de pareceres se a assistência de el-rei às preleções devia ser antes ou depois da oração, resolveu-se que ficasse isto à vontade do monarca.


?>
Vamos corrigir esse problema