III. A educação em Atenas

Aristóteles não modificou profundamente o plano tradicional de estudos. Entendia que a educação propriamente dita devia começar pelos cinco anos, desenvolvendo-se em três períodos:

• No primeiro, dos cinco aos sete anos, devia aprender-se a ver, a ouvir e a imitar; é o período da imitação.

• No segundo, dos sete aos catorze anos, a educação devia ser ministrada em comum, visto a finalidade educativa ser a Virtude, que é a mesma para todos, e ter por objeto a leitura, a escrita, o cálculo e a ginástica. É o período de adquisição de noções elementares.

• No terceiro período, após os catorze anos, estudar-se-iam a Música, a Retórica, o Desenho, que Aristóteles acrescentava ao plano tradicional e a que atribuiu o valor de conduzir ao «sentimento mais delicado da beleza dos corpos», a Dialética e a Filosofia. Não conferiu ao estudo da Matemática a importância que Platão lhe atribuiu, por não lhe reconhecer valor ético formativo, mas, em compensação, dava mais desenvolvimento do que este ao estudo da História e da Geografia e teve em conta o valor filosófico da Poesia.

O ensino devia ser metódico, isto é, gradativo e progressivo, e, pelas disciplinas de estudo, ir além da mera consideração da necessidade prática e da utilidade, visto não serem suficientes para produzirem por si mesmas a felicidade.


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