Segunda Parte - que compreende os anos que discorrem desde princípio do de 1541 até fim do de 1547 (II)

Vicente Fabrício: catedrático de Grego na Universidade, por alvará de 20 de Setembro de 1544 foi-lhe aumentado o ordenado anual, que era de 60 mil réis, em mais 20 mil réis, enquanto regesse a cadeira (ibid., p. 199).

Miguel de Gouveia: lente de Artes em Santa Cruz, por alvará de 10 de Setembro de 1544 foi-lhe ordenado que acabasse de ler o meio ano que lhe ficara por ler até à Páscoa de 1545, e que acabando este curso até à referida data o Dom Prior Cancelário lhe pagasse por inteiro o salário, embora da Páscoa de 1545 em diante deixasse de ler (ibid., p. 200).

Rui Gomes Teixeira: lente da cadeira de Código, faleceu neste ano de 1544. Por alvará de 23 de Setembro de 1544 foi declarada vaga a cadeira, e determinou-se que fosse provida por oposição ou concurso pelo tempo de três anos, com o salário anual de 30 mil réis, e que a votação sobre os opositores se fizesse «pello modo conteudo nos novos estatutos» (ibid., p. 202).

António Caiado: nomeado por alvará de 23 de Setembro de 1544 lente da Terceira Regra de Latinidade, com o ordenado anual de 40 mil réis. António Caiado deveria ler «pio modo & hordenança declarada nos estatutos nouos q ora êujo a esa vniuersydade» (ibid., p. 203).

Gaspar Bordalo: nomeado por alvará de 28 de Novembro de 1543 lente de Filosofia Moral, por apostila de 30 de Setembro de 1544 a este alvará, viu transformada a sua nomeação de temporária «é- qnto eu ouuer p bê» em vitalícia («lea é sua vyda») (ibid., p. 206).

V

SOBRE COLEGIAIS

Reportam-se a colegiais de Santa Cruz as principais notícias que possuímos:

a) Jorge Seco, colegial de Santa Cruz, pedira licença para ler na Universidade a cátedra de Leis; Fr. Brás de Braga, em carta de 26 de Maio de 1544 ao Padre Prior de Santa Cruz exprimia o parecer de que se lhe devia deferir a pretensão, para «honra do colégio», se realmente o provimento se fizesse por oposição, mas que em caso contrário se lha não concedesse (M. Brandão, Cartas de Fr. Brás de Braga, cit., pp. 88 e 89).

b) Jerónimo Ferrão e Gaspar Barreiros: o primeiro solicitou a Fr. Brás de Braga o seu provimento na colegiatura de Belchior Serrão, obtendo como resposta que seria atendido desde que Belchior Serrão não voltasse para o Colégio e Gaspar Barreiros, a quem havia sido prometida esta vaga, a não viesse ocupar no prazo de 2 ou 3 meses.

Por carta de 26 de Maio de 1544, Fr. Brás de Braga informava o Dom Prior do Mosteiro desta resposta, para a qual esperava o necessário cumprimento (ibid., pp. 91-92).    

Jerónimo Ferrão obteve a colegiatura, recebendo até «a loba que ficou de Belchior Serrão, por agora não fazer gasto»; é o que resulta da carta de Fr. Brás de 19 de Junho de 1544, na qual informava a Dom Prior haver recebido carta de Gaspar Barreiros declarando não poder entrar na colegiatura (ibid„ p. 95 e anda p. 96).             

Salvo a existência de um homónimo, que desconhecemos, identificamos Gaspar Barreiros com o famoso visiense, sobrinho de João de Barros e erudito notável, acerca de cuja vida e obras se pode ver o artigo de Barbosa Machado na Bibliotheca Lusitana, t. II.   

c) Fernão de Pina: estudante em Coimbra, obteve que D. João III recomendasse a Fr. Brás de Braga, por carta de 30 de Junho de 1544, que o recebesse por colegial num dos colégios de Santa Cruz, e não havendo vaga, que lhe deferisse a primeira que ocorresse (M. Brandão, Documentos de D. João III, vol. II, p. 189).            

[ XLII ]                                                                                                                                                 (§ 184)

SOBRE O DOUTOR FR. ÁLVARO GOMES

Pela carta de 30 de Janeiro de 1545, publicada pelo Dr. Mário Brandão, nos citados Documentos..., vol. II, pp. 224-225, D. João III «encomendou» ao Reitor da Universidade que cometesse ao Doutor Álvaro Gomes uma lição diária de Teologia, no colégio dos Carmelitas, ou noutro Colégio que melhor lhe parecesse. Álvaro Gomes solicitara a D. João III esta nomeação, oferecendo-se gratuitamente para a respetiva leitura.               

[ XLIII ]                                                                                                                                               (§ 189)

Para desenvolvimento da matéria deste parágrafo e dos seguintes, relativos à incorporação de parte das rendas do Priorado-mor de Santa Cruz no património da Universidade, vejam-se as considerações do Dr. Mário Brandão no Esboço histórico da Universidade de Coimbra, pp. 194-197, e no prefácio às Cartas de Fr. Brás de Braga, pp. 21 e segs.

[ XLIV ]                                                                                                                                              (§ 217)

SOBRE O COLÉGIO DE SÃO PEDRO

Para desenvolvimento das notícias acerca deste colégio, cumpre consultar, além da bibliografia citada neste parágrafo, o estudo do Prof. Dr. António Garcia Ribeiro de Vasconcelos sobre Os colégios universitários de Coimbra, em Escritos vários, vol. I, Coimbra, 1939, pp. 198-207.

[ XLV ]                                                                                                                                                   (§ 219)

SOBRE O COLÉGIO DO CARMO


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